Olá pessoal.
Já repararam como os naniquinhos crescem rápido. A gente nem bem tem tempo de se acostumar com o "truque" mais recente, e lá estão eles com outra novidade ainda mais legal. Mal sentam e começam a engatinhar, mal engatinham, e já estão andando, mal andam e já começam a falar. É rápido demais.
E de todas as fases do desenvolvimento que tive a oportunidade de acompanhar até agora, a mais legal, do meu ponto de vista, é quando elas finalmente pronunciam a primeira palavra. Na verdade, mais precisamente, o desenvolvimento do processo de aprendizado da linguagem como um todo.
É muito interessante perceber como, desde muito antes de finalmente conseguirem expressar corretamente uma palavra, por mais simples que seja, o cérebro dos “pequenininhos” já possui uma capacidade de compreensão muito profunda da linguagem. Observo isso muito claramente com as gêmeas. Mesmo agora, quando ainda apenas balbuciam “papá” (eu me derreto!!) ou “mãmãmãmã” (mordo todo mundo!!), já dá pra perceber que elas compreendem muito bem a linguagem oral. Quando chamamos seus nomes, tem noção de sua individualidade, sabem direitinho quem é Íris e quem é Flora. Também entendem muito bem quando estou chamando pra brincar ou quando estão levando uma repreensão. Mostram isso em seus comportamentos. Se chamo pra brincar, vem logo aquele gritinho de excitação e o sorriso aberto e excitado de “OBA!, BAGUNÇA!!!”. Quando estão aprontando e chamo a atenção delas, entretanto, vem logo aquele sorrisinho safado de “Ah, papai, deixa, vai?!” (também conhecido como “cara de cachorro pidão”). Meu, e como gostam de colocar o dedo em tomadas, fios, ventiladores, ou subir em cadeiras, armários, escadas. Na verdade, adoram tudo que pode lhes quebrar um osso ou causar um ferimento grave, quanto maior o potencial lesivo da “arte”, mais elas gostam!
Já a Helena está em outra fase, mas nem por isso menos legal. Com ela, percebo que a linguagem é um processo de raciocínio e aprendizado sobre um código de linguagem que demanda tempo e esforços enormes dos nanicos para ser corretamente compreendido e utilizado, e não uma mera repetição de um conjunto decorado de palavras e frases. Isso se percebe muito claramente no processo de conjugação de verbos e nomes. Neste contexto, acho legal colocar algumas coisas que a Helena costuma dizer, que ilustram o que quero colocar:
“- Papai, eu já seio (às vezes sabo) se vestir sozinha”
“- Eu já pedei pra mamãe”
“- As irmãzinhas fez errado muitas coisas”
“- Amanhã eu se comportei muito, não fiz nenhumas coisas erradas, posso assistir um “filminho”?”
“- Eu assistei a Bela e a Fera”
Dá pra notar que a criança apresenta uma noção da existência e necessidade da conjugação verbal e de concordância nominal, e utiliza, para lidar lidar com isso, um conjunto interno de noções de referência. Assim, diante de uma nova palavra a ser utilizada, tenta adequar o seu uso aos modelos de referência de que já dispõe. A partir do uso constante, da observação da fala dos adultos, e das correções efetuadas por estes quando cometem erros, os modelos cerebrais de que a criança dispõe vão se ampliando, e novas tentativas de adequação são sistematicamente tentadas, até o desenvolvimento da linguagem, digamos, adulta.
Mas mais do que um estudo sobre o desenvolvimento da linguagem, que certamente outros poderão efetuar com muito mais propriedade e conhecimento do que eu, eu queria falar é do que entendo seja o nosso papel de pai nisso tudo. A meu ver, cabe a nós, pais, estabelecermos os padrões de linguagem que a criança vai imitar e utilizar. E por isso, devemos tentar evitar repetir os padrões da criança, por mais “bonitinho” que isso pareça, pois, ao fazermos tal coisa, estaremos reforçando o padrão errado e dificultando a aprendizagem do correto. Novamente, não quero aqui desenvolver uma tese de linguística, mas apenas lançar uma reflexão sobre o assunto. Em nossa casa, procuramos, dentro de nossas próprias limitações (porque a língua portuguesa é mesmo muito complexa), utilizar um padrão de linguagem correto (não estou falando de norma culta), atentando para a pronúncia correta das palavras e, sempre que possível, o correto emprego de conjugações e declinações. Atenção, gente, não quero dizer que vou falar tal qual Camões ou Gregório de Matos, sou humano, afinal de contas. Mas o que quero dizer é que, (NA MINHA OPINIÃO, TÁ?) como pais devemos evitar aquela bobeira de ficar falando com a criança como se esta fosse um débil mental. Eu a a Rê falamos com as nanicas, (mesmo as gêmeas) como falaríamos normalmente com outro adulto (tá, quase sempre, às vezes escapa um “cuti cuti” abobado), na esperança de que isso ajude-as a desenvolver a sua própria linguagem mais rapidamente.
Mas como não sou psicólogo, psiquiatra ou orientador infantil, aproveitei a coluna de hoje para tocar no assunto e saber a opinião de vocês sobre isso também. Se vocês tem a mesma impressões que eu, ou se viveram uma experiência diversa. Até porque, as experiências de vocês ajudam a enriquecer a minha própria.
Abraços.
É muito interessante perceber como, desde muito antes de finalmente conseguirem expressar corretamente uma palavra, por mais simples que seja, o cérebro dos “pequenininhos” já possui uma capacidade de compreensão muito profunda da linguagem. Observo isso muito claramente com as gêmeas. Mesmo agora, quando ainda apenas balbuciam “papá” (eu me derreto!!) ou “mãmãmãmã” (mordo todo mundo!!), já dá pra perceber que elas compreendem muito bem a linguagem oral. Quando chamamos seus nomes, tem noção de sua individualidade, sabem direitinho quem é Íris e quem é Flora. Também entendem muito bem quando estou chamando pra brincar ou quando estão levando uma repreensão. Mostram isso em seus comportamentos. Se chamo pra brincar, vem logo aquele gritinho de excitação e o sorriso aberto e excitado de “OBA!, BAGUNÇA!!!”. Quando estão aprontando e chamo a atenção delas, entretanto, vem logo aquele sorrisinho safado de “Ah, papai, deixa, vai?!” (também conhecido como “cara de cachorro pidão”). Meu, e como gostam de colocar o dedo em tomadas, fios, ventiladores, ou subir em cadeiras, armários, escadas. Na verdade, adoram tudo que pode lhes quebrar um osso ou causar um ferimento grave, quanto maior o potencial lesivo da “arte”, mais elas gostam!
Já a Helena está em outra fase, mas nem por isso menos legal. Com ela, percebo que a linguagem é um processo de raciocínio e aprendizado sobre um código de linguagem que demanda tempo e esforços enormes dos nanicos para ser corretamente compreendido e utilizado, e não uma mera repetição de um conjunto decorado de palavras e frases. Isso se percebe muito claramente no processo de conjugação de verbos e nomes. Neste contexto, acho legal colocar algumas coisas que a Helena costuma dizer, que ilustram o que quero colocar:
“- Papai, eu já seio (às vezes sabo) se vestir sozinha”
“- Eu já pedei pra mamãe”
“- As irmãzinhas fez errado muitas coisas”
“- Amanhã eu se comportei muito, não fiz nenhumas coisas erradas, posso assistir um “filminho”?”
“- Eu assistei a Bela e a Fera”
Dá pra notar que a criança apresenta uma noção da existência e necessidade da conjugação verbal e de concordância nominal, e utiliza, para lidar lidar com isso, um conjunto interno de noções de referência. Assim, diante de uma nova palavra a ser utilizada, tenta adequar o seu uso aos modelos de referência de que já dispõe. A partir do uso constante, da observação da fala dos adultos, e das correções efetuadas por estes quando cometem erros, os modelos cerebrais de que a criança dispõe vão se ampliando, e novas tentativas de adequação são sistematicamente tentadas, até o desenvolvimento da linguagem, digamos, adulta.
Mas mais do que um estudo sobre o desenvolvimento da linguagem, que certamente outros poderão efetuar com muito mais propriedade e conhecimento do que eu, eu queria falar é do que entendo seja o nosso papel de pai nisso tudo. A meu ver, cabe a nós, pais, estabelecermos os padrões de linguagem que a criança vai imitar e utilizar. E por isso, devemos tentar evitar repetir os padrões da criança, por mais “bonitinho” que isso pareça, pois, ao fazermos tal coisa, estaremos reforçando o padrão errado e dificultando a aprendizagem do correto. Novamente, não quero aqui desenvolver uma tese de linguística, mas apenas lançar uma reflexão sobre o assunto. Em nossa casa, procuramos, dentro de nossas próprias limitações (porque a língua portuguesa é mesmo muito complexa), utilizar um padrão de linguagem correto (não estou falando de norma culta), atentando para a pronúncia correta das palavras e, sempre que possível, o correto emprego de conjugações e declinações. Atenção, gente, não quero dizer que vou falar tal qual Camões ou Gregório de Matos, sou humano, afinal de contas. Mas o que quero dizer é que, (NA MINHA OPINIÃO, TÁ?) como pais devemos evitar aquela bobeira de ficar falando com a criança como se esta fosse um débil mental. Eu a a Rê falamos com as nanicas, (mesmo as gêmeas) como falaríamos normalmente com outro adulto (tá, quase sempre, às vezes escapa um “cuti cuti” abobado), na esperança de que isso ajude-as a desenvolver a sua própria linguagem mais rapidamente.
Mas como não sou psicólogo, psiquiatra ou orientador infantil, aproveitei a coluna de hoje para tocar no assunto e saber a opinião de vocês sobre isso também. Se vocês tem a mesma impressões que eu, ou se viveram uma experiência diversa. Até porque, as experiências de vocês ajudam a enriquecer a minha própria.
Abraços.
Marlon.
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